[Poesia] ingrid diz: Po ema
Por Alves || 21:33 || 15 de dez. de 2008Estava aqui, sozinho.
Acompanhado virtualmente, espectros eletronicos, simulações antropomorfizadas daqueles que não compartilham o mesmo espaço fisico que eu, integralmente.
Pensei.
Lerei um pouco de poesias no Doutor Divago, mas por consequencia do destino eu estava escutando a música deste video... que estava ao fundo, no amago de meu navegador. A fusão destes elementos me fez pensar:
Este Blog poderia ser um blog de poesias, então dedico aqui minha esperança para que este blog se torne algo melhor, que se torne um blog de poesias.
ingrid diz:
Po ema
A prosopopéia infinitiva e irrestrita
Limitada pela barreira maciça e ilusória
O pulo preciso moleque muito honrado
Guiado pela ânsia de um futuro recompensado
A lamina que crava a rocha e rasga
Os limites do tempo de uma realidade afetada
O brasão da família perdida coroada
O couro que lasca e branda e estala
Na maciez inumana da pele mórbida pálida
A voz que desafia, a maternidade perdida
Que de uma memória se torna uma armadilha
O pai pecaminoso que nunca os abandona
Não importando quantas vezes o destrona
A replica, o rifle, a celulose do cubo maculado
Que afasta e repele o olhar dos indesejados
O distúrbio e a perversão do olhar sobre si mesmo
Que ignora e mata e se opõe ao irmão de alma
Diante do sangue derramado da lamina arrependida
Pelo colosso bélico de metal descontrolado
A incerteza profunda o sentimento de culpa
Sacrifício selado pelos portadores da cúpula
O olhar melancólico refletido na riste
A aura pura de uma vida delicada
Coragem que impulsiona e a palma apertada
E a gratidão paga com a própria alma
(Alves)
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